sábado, 28 de julho de 2012

RONALDO ALVES MOUSINHO


Por Ele Mesmo no Dicionário de Sabedoria dos Piauienses
Nasceu em Gradalupe–PI (16-10-1951). Poeta e Professor. Formado em Letras e em Direito. Escritor com uma vasta publicação.
ARTISTA
“O artista é o senhor de sua vontade: sua arte é o fator único e absoluto na escolha dos processos que vão dar corpo à sua obra. E, sendo livre e versátil o artista, importa mais que seja ele autêntico no que faz, dizem uns. O artista deve ser um beneditino, disciplinado e paciente, em busca da forma perfeita; dizem outros. O artista talvez deva ser o pêndulo em meio a estas duas concepções, por ser esta a grande tendência que se evidencia hoje”
COMUNICAÇÃO
“A comunicação visual e simbológica – superficial e fragmentária, em grande escala – vem afastando sensivelmente leitores e criadores das fontes tradicionais do conhecimento e da pesquisa. Isto os tem alheados aos pressupostos literários, deixando-os, por vezes, à mercê de improviso. Temeridade a que se deixa também seduzir significativa parcela de estudantes, ao optarem pela linguagem virtual, fonte mais “pragmática” para eles, por reduzir as frases a meras abreviaturas, desprovidas inclusive de acentuação e pontuação”
LEITOR
“... é no lirismo amoroso e num diletantismo prazeroso que se pretende a satisfação de um anseio sentimental, ou o preenchimento de um estado de ocioso vagar do leitor. É de onde se faz criar na mente do leitor um universo particular fantástico, em que a mente vagueia entre imagens paradisíacas sucessivas. E nesse enlevo, em que o leitor alcança a sintonia do poeta, ele se sente onipotente e onipresente.”
LITERATURA
“Os preceitos literários são para alguns o caminho que os levarão à porto seguro da Arte Poética; para outros, obstáculos quase intransponível”
“Tudo é pretexto para o ato literário: do caos original, ao momento cibernético gemonal”
POESIA
“Quiçá possamos sensibilizar as mentes embrutecidas e bestializadas pela escalada incontida da ganância, através do tom clamoroso e fascinante da poesia lida e recitada recitada em praças, teatros e veículos audiovisuais, para, quem sabe, tocar, sacudir, balançar esses corações empedernidos, despertando, assim, algum sentimento adormecido de compaixão e solidariedade.”
“Minha poesia não visa somente entreter e satisfazer um anseio circunstancial, como já se depreende, mas principalmente comprometê-lo com as mazelas do dia-a-dia, como partícipe de uma sociedade injusta e, por vezes, desumana. Ela insurge-se contra esse macrocosmo de injunções vilipendiosas”
“No árduo intento de buscar-se o lirismo encantatório, há de se fugir ao mero desabafo circunstancial das oscilações emotivas. É imperioso transcender-se à realidade trivial, através do processo alquímico da palavra, rumo ao limiar da sublimidade, pois aí reside a essência do ato poético. E nesse pelejar desatinado, quase inatingível, vislumbrei circunstâncias peculiares, que predispõem ao insight da inspiração poética”

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