Por Ele Mesmo no Dicionário de Sabedoria dos Piauienses
Nasceu em
Gradalupe–PI (16-10-1951). Poeta e Professor. Formado em Letras e em Direito.
Escritor com uma vasta publicação.
ARTISTA
“O artista é o senhor de sua vontade: sua arte
é o fator único e absoluto na escolha dos processos que vão dar corpo à sua obra.
E, sendo livre e versátil o artista, importa mais que seja ele autêntico no que
faz, dizem uns. O artista deve ser um beneditino, disciplinado e paciente, em
busca da forma perfeita; dizem outros. O artista talvez deva ser o pêndulo em
meio a estas duas concepções, por ser esta a grande tendência que se evidencia
hoje”
COMUNICAÇÃO
“A comunicação visual e simbológica –
superficial e fragmentária, em grande escala – vem afastando sensivelmente
leitores e criadores das fontes tradicionais do conhecimento e da pesquisa.
Isto os tem alheados aos pressupostos literários, deixando-os, por vezes, à
mercê de improviso. Temeridade a que se deixa também seduzir significativa
parcela de estudantes, ao optarem pela linguagem virtual, fonte mais
“pragmática” para eles, por reduzir as frases a meras abreviaturas, desprovidas
inclusive de acentuação e pontuação”
LEITOR
“... é no lirismo amoroso e num
diletantismo prazeroso que se pretende a satisfação de um anseio sentimental,
ou o preenchimento de um estado de ocioso vagar do leitor. É de onde se faz
criar na mente do leitor um universo particular fantástico, em que a mente
vagueia entre imagens paradisíacas sucessivas. E nesse enlevo, em que o leitor
alcança a sintonia do poeta, ele se sente onipotente e onipresente.”
LITERATURA
“Os preceitos literários são para alguns o
caminho que os levarão à porto seguro da Arte Poética; para outros, obstáculos
quase intransponível”
“Tudo
é pretexto para o ato literário: do caos original, ao momento cibernético
gemonal”
POESIA
“Quiçá possamos sensibilizar as mentes
embrutecidas e bestializadas pela escalada incontida da ganância, através do
tom clamoroso e fascinante da poesia lida e recitada recitada em praças,
teatros e veículos audiovisuais, para, quem sabe, tocar, sacudir, balançar
esses corações empedernidos, despertando, assim, algum sentimento adormecido de
compaixão e solidariedade.”
“Minha poesia não visa somente
entreter e satisfazer um anseio circunstancial, como já se depreende, mas
principalmente comprometê-lo com as mazelas do dia-a-dia, como partícipe de uma
sociedade injusta e, por vezes, desumana. Ela insurge-se contra esse macrocosmo
de injunções vilipendiosas”
“No árduo intento de buscar-se o
lirismo encantatório, há de se fugir ao mero desabafo circunstancial das
oscilações emotivas. É imperioso transcender-se à realidade trivial, através do
processo alquímico da palavra, rumo ao limiar da sublimidade, pois aí reside a
essência do ato poético. E nesse pelejar desatinado, quase inatingível,
vislumbrei circunstâncias peculiares, que predispõem ao insight da inspiração
poética”
Nenhum comentário:
Postar um comentário